quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O casamento e a traição

Poucos dias depois de ter tomado a decisão definitiva, Hitler resolveu formalizar a sua união com Eva Braun, encomendando um casamento de emergência dentro do abrigo. O casal decidira pôr fim à vida juntos. Hitler tinha-se mantido solteiro, até então, em nome da mística que a sua solitária figura messiânica exercia sobre o povo alemão. O salvador não poderia ser um homem comum, com esposa e filhos, envolvido pela contabilidade doméstica, e na rotina matrimonial burguesa. Teve ainda um espumante ataque de fúria quando soube (ele, mesmo nos estertores, ainda era informado de tudo), que Heinrich Himmler, o Reichsführer SS, havia, às suas costas, à socapa, contactado com o legatário sueco, o conde Bernadotte, para negociar uma paz em separado com os exércitos ocidentais, que avançavam pela Alemanha a dentro vindos do Rio Reno. Numa das suas derradeiras ordens, determinou a expulsão sumaria dele do Partido Nazi exonerando-o de todos os cargos de chefia. Mas naquela altura de nada adiantava.

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