domingo, 27 de dezembro de 2009

Modelo Económico Nacional - Socialista

No aspecto económico, a politica do III Reich pode-se caracterizar pela planificação, o intervencionismo e a tentativa de conseguir a auto-suficiência.
Como só dispunha de um mercado interno insuficiente e não podia exportar, Hitler estava numa situação em que só podia resolver as contradições económicas mediante uma guerra de conquista (de “fuga para a frente”).
Esta planificação quadrienal, visava tornar a Alemanha independente do estrangeiro tanto por meio do aumento da produção tradicional de linho, cânhamo, aço, etc., como pelo fabrico de produtos de substituição, como a borracha ou gasolina sintéticas (THIBAULT, 1981).
O regime económico nacional-socialista reservava sempre uma importância considerável à iniciativa privada dos capitalistas, cujas margens de lucro não pararam de aumentar. Segundo Balcelles (1981), a alta burguesia não podia mesmo deixar de se regozijar com o regime, embora também seja verdade que o governo mantinha sobre o mundo dos negócios uma tutela cada vez mais asfixiante. Hitler, “quis facultar aos operários um nível de vida conveniente que facilitasse a sua integração na sociedade nazi, dando assim satisfação às aspirações de grande parte da população” (DREYFUS, MARX, & POIDEUIN). A lei da regulamentação do trabalho imposta por Hitler decretou a colaboração entre patronato e a classe operária, assim como também houve preocupação governamental em estabilizar os preços. Foram desenvolvidos os seguros sociais, a cultura popular e a ocupação de ócio.
Mas, principalmente o III Reich empenhou-se na luta contra o desemprego e favoreceu o relançamento da iniciativa económica, em que incluiu a realização de grandes obras públicas assim como auto-estradas e habitações operárias. Só entre 1933 e 1939 foram construídos 2500 km de auto-estradas e centenas de milhares de alojamentos foram obrados e instaurou-se uma autêntica política urbanística. Por estas e outras vias conseguiu-se quase a extinção do desemprego, no entanto os operários perderam as liberdades sindicais e ficaram bastante sobrecarregados com as quotizações e deduções que a Arbeitsfront impunha.
A classe camponesa, aquela que Hitler pretendia tornar a garantia da pureza, mantinha-se numa situação precária em consequência do endividamento que enfrentavam e que explica a emigração para as cidades.
Ainda relativamente à organização económica, Hitler tendo condenado a luta de classes, substituiu os sindicatos por organizações corporativas, que associavam patrões e trabalhadores sob o controlo do Estado.
Pescadores, trabalhadores florestais e sobretudo agricultores ficaram reagrupados numa Reichsnahrstand[1], enquanto os assalariados que não são funcionários estão reagrupados no Arbeitsfront, cuja acção é prolongada durante os tempos livres pelas secções especiais da Kraft durch Freude[2].
A intervenção do Estado mantinha deste modo sob o seu controlo directo o conjunto do patronato e favorecia o processo de concentração.
O Führer submeteu a economia do seu país às directrizes políticas e aos interesses do Estado nacional-socialista. Motivo é para se afirmar “que o regime económico e social era o de uma nação cinicamente explorada pelo estado” (BALCELLES, 1981).
Todavia em 1939, ninguém via as coisas por esta perspectiva, pois os êxitos conseguidos pelo regime em matéria de política externa levava os Alemães a acreditar numa era de poder e prosperidade. Consideravam ainda que tudo isso se devia ao génio do seu Führer e que por isso valia bem o aumento do trabalho e dos sacrifícios.
Não há dúvida, de que foi a vontade do poder que inspirou Hitler no regime económico que prevaleceu na Alemanha.

[1] Corporação Camponesa

[2] A força pela alegria

2 comentários:

  1. Eça de Queirós

    Cartas de Inglaterra 1877-1882

    O motivo do furor anti-semítico é simplesmente a crescente prosperidade da colónia judaica, colónia relativamente pequena, apenas composta de quatrocentos mil judeus.

    A alta finança e o pequeno comércio estão-lhe igualmente nas mãos: é o judeu que empresta aos estados e aos príncipes, é a ele que o pequeno proprietário hipoteca as terras. Nas profissões liberais absorve tudo: é ele o advogado com mais causas e o médico com mais clientela: se na mesma rua há dois tendeiros, um alemão e outro judeu, o filho da Germânia ao fim do ano está falido, o filho de Israel tem carruagem! Isto tornou-se mais frisante depois da guerra: e o bom alemão não pode tolerar este espectáculo do judeu engordando, enriquecendo, reluzindo, enquanto ele, carregado de louros, tem de emigrar para a América à busca de pão.

    Mas o pior ainda na Alemanha é o hábil plano com que fortificam a sua prosperidade e garantem o luxo, tão hábil que tem um sabor de conspiração: na Alemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem-se apoderado das duas grandes forças sociais – a Bolsa e imprensa. Quase todas as grandes casas bancárias da Alemanha, quase todos os grandes jornais, estão na posse do semita. Assim, torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante e o traz dependente pelo capital; mas, injúria suprema, pela voz dos seus jornais, ordena-lhe o que há-de fazer, o que há-de pensar, como se há-de governar e com que se há-de bater!

    http://citadino.blogspot.com/2009/02/o-misterioso-e-prolongado-sucesso-da.html

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  2. O Nazismo não era perfeito. Creio que com o tempo muita coisa seria mudada. Mas o fato é que um país estava sendo fortemente impedido de crescer, com drásticas restrições, além da perda gigantesca de todos seus protelados (1 grande guerra). Para vencer a alemanha, uniram-se todos os inuteis (EUA, Inglaterra, França, Bolcheviques). Ao fim da guerra, roubaram tudo que foi por eles criado:
    - Tecnologia de Foguetes
    - tecnologias Quimicas
    - Tecnologias de Turbina a Jato
    - Tecnologias aerodinamicas
    - Tecnologias de Informação
    - Tecnologia Aeroespacial
    - tecnologia economica
    - Técnicas e mais técnidas de propaganda, divulgação e o cacete a 4.
    Se os Americanos fossem pagar por todos os royalties somente de tecnologia de aviação ou armas (como o Ak-47 que teve o projeto roubado do Sturmgewehr 44) daria umas boas centenas de trilhões de dólares.
    - O mundo mudou para caralho de 44 para cá. Mas se perceberem, os americanos demoraram anos para assimilar toda a tecnologia que roubaram dos alemães.
    - Nem mesmo a bomba de Uranio foi criada a tempo e teve o modelo baseado no alemão (a bomba de hiroshima foi apenas uma bomba suja).

    Enfim.. mesmo não sendo alemão, me sinto ultrajado com tantas mentiras desse capitalismo sujo. Agora, vá comentar alguma coisa em algum forum que tenha a palavra "nazi" no meio.. tiram o forum do ar em horas.

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