sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Hitler - Uma Biografia - Ian Kershaw

O jornal semanário "Sol" apresenta hoje (dia 13 de Novembro de 2009) o novo livro respeitante ao histórico Hitler.
Escrito pelo historiador Ian Kershaw, o livro possui mais de 800 páginas onde é contada a biografia de um dos maiores assassinos da história. Algumas perguntas colocadas em entrevista ao autor foram as seguintes:

- Alguma vez sentiu simpatia pelo seu objecto de e
studo?
- Não. Não vejo necessidade, ao escrever uma biografia, de o autor sentir empatia pelo seu objecto de estudo. Nunca tive dificuldade em manter a devida distancia de Hitler.

- Consegue nomear cinco virtudes de Hitler?
- Não consigo encontrar quaisquer virtudes em Hitler. Claro que as pessoas do seu círculo, naquela época, viam qualidades nele e achavam
-no um homem de grandes ideais. Na biografia tento mostrar por que tinha ele essa capacidade de atracção. Mas essa é outra questão. À que colocou, só posso dar uma resposta negativa.

- O Manifesto Futurista, em 1909, louvava a guerra como "a grande higiene do mundo". Pensa que Hitler concordaria com essa definição?
- Hitler não viu a I Guerra Mundial como uma experiência "purificadora" - pelo contrário. Por isso penso que ele não teria concordado com essa afirmação enquanto generalização abstracta. Contudo, ele certamente tentou que a guerra que promoveu purificasse racialmente a Europa e instilasse a desejável dureza no povo alemão.

- Hitler disse em Mein Kampf que a I Guerra Mundial
foi "o melhor e mais inesquecível período da minha existência terrena". Como pode alguém ter encontrado a felicidade no meio da morte e destruição?
- Não devemos levar demasiado à letra as suas considerações sobre a I Guerra Mundial ser o período mais feliz da sua vida. Quase de certeza que o facto de estar cercado de morte e destruição teve sobre si um profundo impacto e endureceu os seus ódios interiores e a sua indiferença ao sofrimento humano. Contudo, para ele foi também uma altura em que encontrou uma causa genuína pela qual lutar, além de se sentir "em casa" no seu regimento, o que lhe deu um sentimento de pertença.


semanário Sol, 13 Novembro de 2009


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