quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A censura nos meios de comunicação

Não eram só os judeus que sofriam as perseguições dos guardas de Hitler, também os meios de comunicação eram controlados pelo ditador. Imprensa, rádio e cinema eram censurados pelo Ministério da Propaganda liderada por Joseph Goebbels. Com a tomada de poder de Hitler foi implantada a “Lei de Imprensa do Reich” que ordenava que todos os jornalistas fossem de nacionalidade alemã, ascendência ariana e nenhum contacto com judeus como consta no artigo 4º deste documento: “não permitirem nos jornais tudo (...) que fosse desorientador ao público, tendesse à enfraquecer o poderio do Reich (...) ou ofendesse a honra (...) da Alemanha”. Nada era publicado sem o devido consentimento de Goebbels. Todos os dias os directores imprensa reuniam-se com o ministro a fim de este poder suprimir tudo aquilo que poderia ser prejudicativo ao Estado de Adolf Hitler. Com esta pressão alguns jornais de referência na Alemanha foram obrigados a fechar pelo simples facto de pertencerem a judeus. Subsistiam os jornais de Regime Nazi como Volkischer Beobachter ou Der Angriff. Igual se passava com a reprodução de livros. Muitos escritores emigraram da Alemanha por ver as suas obras proibidas. A rádio, vista como uma mais-valia para o Regime, foi o meio de comunicação mais usado para difundir a propaganda Nazi por intermédio do “Departamento de Rádio do Ministério da Propaganda” e da “Câmara do Rádio”. A rádio no tempo do III Reich era completamente monopolizada pelo Estado e passou a chamar-se por “Cadeia de Radiodifusão do Reich”. O cinema, por sua vez, via-se controlado pelo Ministério da Propaganda e pela “Câmara do Cinema”. Neste meio de comunicação a ideia principal era “afastar a indústria (...) do pensamento (...) liberal (...) e assim, capacitá-la a receber as tarefas (...) do Estado nacional-socialista”.

1 comentário:

  1. parabéns pela matéria. servirá de argumento para um artigo que farei sobre COMUNICAÇÃO E CENSURA POLÍTICA.

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